top of page

Karateca usa o esporte como 'arma' para vencer o câncer e ganha títulos

Andrea Mesquita foi diagnosticada com um nódulo em 2014. Ela operou neste ano e conquistou medalhas importantes no Karatê.

Mesmo em momentos complicados da vida, o esporte sempre foi um caminho de superação para muitas pessoas. Esse é o caso de Andrea Mesquita, atleta de caratê de Santos, no litoral de São Paulo, que no ano passado recebeu a notícia de que foi diagnosticada com um câncer de mama.

Sabendo do seu estado de saúde, a carateca não deixou de seguir sua caminhada no esporte. Já com a data de operação de retirada do nódulo da mama marcada, Andrea fez questão de participar do classificatório da modalidade, em Foz do Iguaçu, e lá conseguiu a vaga para o Campeonato Brasileiro, em Joinville, mesmo com pouco tempo de preparação.

– Quando tive a confirmação da notícia de que precisava operar eu estava prestes a disputar o classificatório para o Campeonato Brasileiro. Avisei o médico de que na volta iria passar pela cirurgia. Tive uma preparação de apenas duas semanas, muito curta, onde cuidei muito mais da parte psicológica do que a física – explica a atleta, que conquistou a medalha de ouro do brasileiro da modalidade no último mês.

Além de ganhar a vida trabalhando em um escritório de advocacia em São Vicente, também no litoral de São Paulo, Andrea dá aulas para crianças de 7 a 12 anos em duas diferentes escolas de Santos. Com essa rotina de praticamente “duas vidas”, ela diz que o baque do câncer afeta todas as pessoas, mas que é preciso saber dar a volta por cima.

– Tenho 33 anos de caratê, entrei aos 15 anos e agora estou com 48. E realmente, quando você apresenta o diagnostico de câncer, é um baque. Só que esse baque durou horas, o período que eu tive pra me recompor e seguir a minha vida. O caratê te ensina a perseverar, não desistir, respeitar os limites. Falei que iria vencer essa também. Todo dia que realizava a radioterapia, chegava cansada, mas sempre estava disposta para dar aulas e ser atenciosa com todos os alunos. Pra mim esse câncer está superado, e faço votos pra outras pessoas também não desistirem. Não se deixe abater. Prossiga.

*Colaborou sob supervisão de Alexandre Lopes.

bottom of page